sábado, 27 de julho de 2013

Wolverine Imortal - Crítica



Wolverine Imortal - Crítica

Wolverine Imortal é o sexto filme da franquia X-Men nos cinemas. A franquia está a cargo dos estúdios Fox e estreou oficialmente no Brasil em 26 de Julho de 2013. O filme foi dirigido por James Mangold e foi baseado na primeira história solo do personagem, a minissérie "Wolverine" de Chris Claremont e Frank Miller.

O que foi bom:

Atuações: Um filme que contou com muitos atores desconhecidos e pouco experientes em Hollywood, conseguiu driblar muito bem a desconfiança. Tao Okamoto (Mariko) e Rila Fukushima (Yukio) tiveram atuações brilhantes. No caso da personagem Mariko, a personagem teve um desenvolvimento inclusive melhor do que nas hqs. Os demais atores que interpretaram Noburo, Yashida, Shingen também fizeram um ótimo trabalho. 

Hugh Jackman: Já falei sobre atuações, mas neste caso, Hugh merece um parágrafo particular. Já tendo interpretado o personagem Wolverine de forma brilhante em X-Men 2 e com uma única cena de X-Men Primeira Classe ter chamado bastante atenção, ele ainda consegue surpreender. Wolverine Imortal é sua melhor encarnação do personagem. Um excepcional comportamento nos diálogos, ao lidar com as frustrações e enfim, com um estilo mais polido de luta, que melhorou e muito suas cenas de ação. Vendo a atuação de Hugh Jackman, senti que vi o personagem saído diretamente das páginas das hqs. 

As cenas de ação: Fisicalidade e poucos efeitos especiais. Se dá pra definir as cenas de ação deste filme, seria nesta frase. Vai ser difícil ver outros filmes de heróis trabalharem cenas de lutas mais humanas e não comparar com Wolverine Imortal. Um ótimo trabalho por parte dos atores, diretores e dublês.

A Adaptação do enredo original: Muitas reclamações (muitas vezes mais implicantes do que certas) oriundas da Fox é o que ela faz com os enredos originais das hqs. Em Wolverine Imortal era praticamente impossível manter o enredo idêntico a hq, principalmente em virtude de Wolverine não conhecer Mariko previamente nos cinemas, além do fato que o Logan do cinema era bem mais forte em termos de resistência se comparado ao Wolverine dos anos 80, o que atrapalharia se Shingen, um humano que luta bem com espadas fosse o único inimigo. James Mangold contornou bem esses aspectos e fez um enredo diferente sim, mas que manteve o principal: a essência da hq. Wolverine está lá lidando com um mundo antagônico a sua personalidade, e vivemos, acima de qualquer outra coisa, a jornada do personagem. Pontos para a Fox.

O que não agradou:
O personagem Harada: Keniuchio Harada é o Samurai de Prata nas hqs, que conta com o poder de energizar sua espada Samurai. No filme, Harada usa arco e flecha, é apenas um protetor de Mariko e "flutua" entre ajudá-la e estar envolvido com a vilã Víbora. Era melhor ter optado por criar um personagem protetor ao invés de queimar justamente, Harada.

O final do filme: Não dá pra falar que foi ruim, mas sim, diferente. Durante todo o filme, vemos cenas bem "humanas", Wolverine enfrentando vilões comuns e cenas de ação bem físicas. No final, temos um Samurai Robô e uma vilã com poderes de cobra. O diretor infelizmente pecou nessa troca repentina de tom. 

Vale a pena?
X-Men Origens Wolverine foi um pesadelo. Um filme que atropelou muitas coisas principalmente na sua segunda metade. Wolverine Imortal chegou cercado de desconfiança, mas conseguiu cumprir seu papel. Um filme digno do personagem, que não é melhor do que os filmes como X-Men 2 ou Primeira Classe, mas diverte, principalmente os fãs do personagem. Se o final não fosse tão "fora" de tom, talvez pudesse ser o melhor filme da franquia X-Men no cinema.

**** Se possível, assistam a versão do diretor que saiu no Bluray 3D do filme. As cenas de ação (em especial a cena do vilarejo) são mais violentas e, consequentemente, mais legais.

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