Olá a todos fãs de Wolverine! Hoje,
começaremos uma nova série aqui no blog: um guia com as principais histórias em
quadrinhos para entender o personagem que é o melhor no que faz! Hoje vamos
começar pela hq que talvez, seja a mais importante na história do personagem.
Antecedentes
Antes
de falar da hq propriamente, vamos lembrar um pouco de como estava a situação
na época. Após uma grande participação na Saga da Fênix Negra, onde Wolverine
salva os X-Men do Clube do Inferno, limpando o local sozinho e, pela primeira
vez mostrando o que era capaz de fazer, a popularidade do baixinho foi
aumentando cada vez mais. Muito disso se deve a John Byrne, que desenhava e co-roteirizava com Chris Claremont. Byrne tinha Wolverine como
personagem favorito (por ser canadense, assim como Logan).
A
partir disso ainda vieram outros quadrinhos onde Wolverine iria ter destaque,
como numa viagem ao Canadá com Noturno e Colossus, onde acabam frente a frente
com Wendigo, além da marcante participação na saga Dias de um Futuro Esquecido,
que servirá de base para o próximo filme dos X-Men.
Claremont
via que a necessidade de uma estória solo do personagem ia aumentado. Quem
ajudaria Claremont na empreitada seria Frank Miller, co-roteirizando e
desenhando. No início, Miller relutou a aceitar o trabalho, pois não estava
interessado em desenhar as aventuras de um assassino psicótico e sanguinário.
Porém, quando Chris Claremont disse qual seria sua ideia para a hq, Miller não
recusou, pois a ideia era uma reconstrução do personagem aliada a elementos
orientais.
Em
Uncanny X-Men #118, durante uma aventura dos X-Men no Japão, Wolverine conhece
Mariko Yashida e fica admirado com a moça. Após um ataque, Wolverine a salva.
Claremont tinha então, “plantado a semente” para trabalhar na primeira estória solo do personagem.
Enredo
A
premissa da hq é simples: Wolverine manda diversas cartas para Mariko, porém
todas estão sendo devolvidas sem motivo. O herói mutante resolve então ir ao
Japão e investigar o porquê de não estar conseguindo falar com a mulher que ama. Contando
com a ajuda de seu amigo Asano Kimura, Logan descobre que Mariko está casada
com Noburo Hideki, casamento este que foi arranjado por seu pai Shingen
Yashida, o homem mais poderoso do Japão.
Ao
finalmente achar Mariko, Wolverine descobre que ela é espancada pelo marido e
fica furioso. Ao ser surpreendido pelo pai de Mariko, ele o desafia para um
combate com espadas de madeira (chamadas de bokan).
Durante a luta, Logan é atingido por shurikens venenosas que afetam seus
sentidos e fator de cura, e acaba derrotado e humilhado na frente da mulher que
ama.
Wolverine
é jogado nas ruas desacordado. Após um tempo, surge uma nova personagem: Yukio.
Ela acorda Wolverine e passa a trabalhar junto com ele. Mal sabe ele que Yukio
foi mandada por Shingen para matar Wolverine, porém, ela acaba se apaixonando
por Logan, que só quer saber de ter sua vingança. A partir daí... só lendo para
saber!
Opinião
Bom,
como podemos definir o que é esta hq para Wolverine? Ela é a estória mais
importante para o personagem durante sua trajetória. Chris Claremont
desenvolveu dentro da minissérie os princípios mais básicos do personagem que
permaneceram por longos e longos anos. O trabalho foi tão bem feito, que o
roteirista passou inclusive a ter mais interesse no personagem (onde mais
tarde, iniciaria sua série mensal, em 1988). Dentro da hq, o trabalho foi para
mostrar que Logan, embora tivesse aquela aparência, além de seu comportamento
solitário e temperamental, tinha um coração de ouro e um forte senso de honra.
É uma ótima sensação ler a hq e ver, que mesmo com seu fator de cura
debilitado, Wolverine não se torna mais ou menos imortal, mantendo sua honra e
coragem durante os combates.
Para
quem está habituado as hqs mais atuais, pode achar um pouco chata a
prolixidade de Chris Claremont, mas isso faz parte do trabalho do “Senhor X”, e
não pode ser considerada uma falha na estória. Chris sabe conectar o leitor ao
personagem melhor do que ninguém. Os aspectos da personalidade de Wolverine,
associados a cultura japonesa foram bem dosados, de forma a não deixá-lo estereotipado.
A
arte de Frank Miller talvez seja um dos melhores trabalhos (se não o melhor)
nos desenhos. Ultimamente, Miller adotou um estilo mais preguiçoso, mas nessa
hq, especialmente nas cenas de ação, o co-autor e desenhista teve seus méritos.
Curiosidades
- Foi nesta série que Wolverine ganhou
sua frase característica: “Eu sou o melhor naquilo que faço, e aquilo que faço
não é nada bom” (algumas traduções colocam “não é nada bonito").
- A hq serviu de base para o filme
Wolverine Imortal, lançado em 2013 nos cinemas.
Material
Extra:
A estória onde Wolverine conheceu
Mariko: Fabulosos X-Men #118
O Casamento:
A Morte de Mariko: