sexta-feira, 28 de março de 2014

Entendendo Wolverine: #01- Wolverine (1982)

Olá a todos fãs de Wolverine! Hoje, começaremos uma nova série aqui no blog: um guia com as principais histórias em quadrinhos para entender o personagem que é o melhor no que faz! Hoje vamos começar pela hq que talvez, seja a mais importante na história do personagem.

Antecedentes
            Antes de falar da hq propriamente, vamos lembrar um pouco de como estava a situação na época. Após uma grande participação na Saga da Fênix Negra, onde Wolverine salva os X-Men do Clube do Inferno, limpando o local sozinho e, pela primeira vez mostrando o que era capaz de fazer, a popularidade do baixinho foi aumentando cada vez mais. Muito disso se deve a John Byrne, que desenhava e co-roteirizava com Chris Claremont. Byrne tinha Wolverine como personagem favorito (por ser canadense, assim como Logan).
            A partir disso ainda vieram outros quadrinhos onde Wolverine iria ter destaque, como numa viagem ao Canadá com Noturno e Colossus, onde acabam frente a frente com Wendigo, além da marcante participação na saga Dias de um Futuro Esquecido, que servirá de base para o próximo filme dos X-Men.
            Claremont via que a necessidade de uma estória solo do personagem ia aumentado. Quem ajudaria Claremont na empreitada seria Frank Miller, co-roteirizando e desenhando. No início, Miller relutou a aceitar o trabalho, pois não estava interessado em desenhar as aventuras de um assassino psicótico e sanguinário. Porém, quando Chris Claremont disse qual seria sua ideia para a hq, Miller não recusou, pois a ideia era uma reconstrução do personagem aliada a elementos orientais.
            Em Uncanny X-Men #118, durante uma aventura dos X-Men no Japão, Wolverine conhece Mariko Yashida e fica admirado com a moça. Após um ataque, Wolverine a salva. Claremont tinha então, “plantado a semente” para trabalhar na primeira estória solo do personagem.

 Enredo
            A premissa da hq é simples: Wolverine manda diversas cartas para Mariko, porém todas estão sendo devolvidas sem motivo. O herói mutante resolve então ir ao Japão e investigar o porquê de não estar conseguindo falar com a mulher que ama. Contando com a ajuda de seu amigo Asano Kimura, Logan descobre que Mariko está casada com Noburo Hideki, casamento este que foi arranjado por seu pai Shingen Yashida, o homem mais poderoso do Japão.
            Ao finalmente achar Mariko, Wolverine descobre que ela é espancada pelo marido e fica furioso. Ao ser surpreendido pelo pai de Mariko, ele o desafia para um combate com espadas de madeira (chamadas de bokan). Durante a luta, Logan é atingido por shurikens venenosas que afetam seus sentidos e fator de cura, e acaba derrotado e humilhado na frente da mulher que ama.
            Wolverine é jogado nas ruas desacordado. Após um tempo, surge uma nova personagem: Yukio. Ela acorda Wolverine e passa a trabalhar junto com ele. Mal sabe ele que Yukio foi mandada por Shingen para matar Wolverine, porém, ela acaba se apaixonando por Logan, que só quer saber de ter sua vingança. A partir daí... só lendo para saber!

Opinião
            Bom, como podemos definir o que é esta hq para Wolverine? Ela é a estória mais importante para o personagem durante sua trajetória. Chris Claremont desenvolveu dentro da minissérie os princípios mais básicos do personagem que permaneceram por longos e longos anos. O trabalho foi tão bem feito, que o roteirista passou inclusive a ter mais interesse no personagem (onde mais tarde, iniciaria sua série mensal, em 1988). Dentro da hq, o trabalho foi para mostrar que Logan, embora tivesse aquela aparência, além de seu comportamento solitário e temperamental, tinha um coração de ouro e um forte senso de honra. É uma ótima sensação ler a hq e ver, que mesmo com seu fator de cura debilitado, Wolverine não se torna mais ou menos imortal, mantendo sua honra e coragem durante os combates.
            Para quem está habituado as hqs mais atuais, pode achar um pouco chata a prolixidade de Chris Claremont, mas isso faz parte do trabalho do “Senhor X”, e não pode ser considerada uma falha na estória. Chris sabe conectar o leitor ao personagem melhor do que ninguém. Os aspectos da personalidade de Wolverine, associados a cultura japonesa foram bem dosados, de forma a não deixá-lo estereotipado.
            A arte de Frank Miller talvez seja um dos melhores trabalhos (se não o melhor) nos desenhos. Ultimamente, Miller adotou um estilo mais preguiçoso, mas nessa hq, especialmente nas cenas de ação, o co-autor e desenhista teve seus méritos.

Curiosidades
- Foi nesta série que Wolverine ganhou sua frase característica: “Eu sou o melhor naquilo que faço, e aquilo que faço não é nada bom” (algumas traduções colocam “não é nada bonito").
- A hq serviu de base para o filme Wolverine Imortal, lançado em 2013 nos cinemas.

*******Para ler as hqs, baixe o programa CDisplay
Links:

Material Extra:
A estória onde Wolverine conheceu Mariko: Fabulosos X-Men #118

O Casamento:


A Morte de Mariko: 
Wolverine #57

No próximo capítulo da série: Origem!

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